CB0227C1-3FCE-4867-9391-BA7C45ADEDBA.JPG

Comprei esse maiô pela internet pra ir pro Brasil pela primeira vez depois de parir. Quando ele chegou uma amiga tava em casa e ela me perguntou porquê eu ia usar maiô, já que ela sempre me vê de biquíni.
Daí na conversa com ela eu entendi que tava com vergonha de colocar biquíni porque eu sempre tinha sido magra mas depois de parir me restou uma barriga, mesmo tendo voltado pro meu peso de antes muito rápido meu corpo não tem mais a mesma aparência e eu me sinto cobrada em continuar sendo magra.
Falava pra ela de como me sentia pressionada a continuar sendo magra e de como o olhar dos outros me incomoda, parece que depois que pari todo mundo fica esperando pra ver como ficou meu corpo e o maiô era porque eu não queria perder os rolês na praia/piscina e queria me sentir confortável já que ele esconde a tal da barriga.
Eu sei que esconder o corpo não é conforto de verdade e eu ainda não sei lidar com essa nova fase, porque não eu não sei lidar com tudo o tempo todo, mas duas coisas eu acho que têm sido super importantes nessa nova fase: não deixar de viver as coisas porque a aparência não ta do jeito que eu queria e olhar pro meu corpo com carinho {de verdade, no espelho sabe?}.
E a pergunta é “se ela com esse corpo acha que tem barriga, imagina eu!”, mas a questão é que ta todo mundo fodid* buscando entrar em padrões, mesmo quem como eu que já faz parte dele. E esse é o tamanho da minha loucura, qual é o tamanho da sua? 


 
IMG_5858.JPG

Recentemente eu me vi toda ‘emrubuscada’ sem conseguir enxergar um palmo na frente do meu nariz. Me conectei com a inveja das pessoas que viviam algo que eu queria viver e depois fiquei culpada por sentir inveja e também me julguei porque né, a essas alturas do campeonato me cair uma inveja no colo é de desanimar qualquer ser humano.
Eu entrei num buraco sabe? Nada do que lia, nada do que buscava na internê, nada do que tentava fazer parecia me ajudar.
E aí me restou voltar pro fim da fila e fazer diferente. Fazer com mais profundidade. Fazer de novo. Dar passinhos de bebê...mais uma vez.
E eu segui. Como deu. Como pude. E eu sei que é desesperador não encontrar caminhos. A gente se enrola na gente mesmo, tipo fio de fone de ouvido que ninguém nunca conseguiu compreender como é que du nada o bagulho se enrosca daquele jeito.
Mas aí se tem uma sugestão que eu ouso fazer é continua. Continua mesmo quando ta doendo. Continua mesmo quando cê não ta sentindo nada. Pede ajuda pro terapeuta. Pro amigo. Pro podcast. Pro livro. Pra escrita. E continua. Nem quem sabe o que quer sabe aonde seus passos vão dar, então não se preocupe em saber, só continua.
Continua em qualquer lugar, em qualquer caminho, em qualquer música, em qualquer batom, em qualquer amizade, em qualquer meditação, em qualquer solidão, em qualquer queimada de folha de louro com pedido, em qualquer COISA que te traga bem-estar no aqui e no agora.
Continua.
Mesmo bagaceira, continua porque não é da conta de ninguém que cê não chegou lá ainda.
Continua.
Vai.
Sei lá como, vai sem perna, vai com uma perna, vai com o rímel borrado. Vai querendo mijar nas calças, mas vai.
Vai porque é só uma mistura de movimento com o tempo que vai te tirar desse lugar de honra que você está. Porque se não fosse essa bos!* que cê tá vivendo talvez você jamais buscasse dar vida pro que tua alma pede.
Um beijo de amoris️

 


 
CE639427-BD7B-4F9E-B980-659E6700E8F6.JPG

Essa semana uma psicóloga me perguntou o que eu mais gostava no meu trabalho como Coach e inclusive essa foto dentro de uma sala, sem grandes coisas é porque é assim que eu trabalho e nem todo mundo que tem o próprio negócio ta sempre trabalhando de frente pro mar.

Corta. Para. Volta. O que eu mais AMO no que faço é que dentro desse espaço que meu trabalho cria as pessoas podem ser inteiras e livre de julgamentos. Ter a possibilidade de trazer isso pra alguém PRINCIPALMENTE com a cobrança de vida perfeita que temos hoje enche o meu coração de alegria, porque é nesse espaço onde o outro se enxerga com inteireza e sem se sentir julgado que ele consegue descobrir os seus caminhos.

E se você quiser agendar uma sessão comigo, envia um e-mail pra: coach@carolherr.com